Pseudoartrose

A pseudoartrose é uma complicação em que um osso fraturado não cicatriza corretamente, resultando em uma falha de consolidação, ou seja, o osso não se une como esperado. Esse problema pode ocorrer após uma fratura ou cirurgia, quando o processo de cura óssea é interrompido. Como resultado, o local da fratura pode se comportar como uma articulação falsa, daí o nome “pseudoartrose”. Essa condição pode causar dor crônica e limitações funcionais se não for tratada adequadamente.

A pseudoartrose pode ocorrer em pacientes que tiveram:

  • Fraturas graves, especialmente em ossos longos como o fêmur ou a tíbia.
  • Fraturas que não receberam tratamento adequado.
  • Cirurgias ortopédicas em que a fixação do osso não foi eficaz.
  • Doenças que afetam a cicatrização óssea, como osteoporose.
  • Histórico de tabagismo, diabetes, ou uso prolongado de anti-inflamatórios.

    Sintomas:
  • Dor persistente no local da fratura, mesmo após o tempo de cura esperado.
  • Instabilidade no osso afetado, causando dificuldade para realizar movimentos normais.
  • Inchaço e sensibilidade ao toque no local da fratura.
  • Dificuldade em carregar peso ou executar atividades que envolvem a área afetada.

    Diagnóstico:
    O diagnóstico da pseudoartrose é feito por meio de exames clínicos e de imagem. As principais formas de diagnóstico incluem:
  • Histórico clínico e exame físico: O médico avalia o histórico da fratura e realiza um exame físico para verificar sinais de falha de consolidação.
  • Radiografia: O raio-X é o exame inicial para identificar se a fratura cicatrizou adequadamente.
  • Tomografia Computadorizada (TC) ou Ressonância Magnética (RM): Esses exames são indicados para avaliar a qualidade da fixação óssea e a extensão do problema.

    Tratamento:
    O tratamento da pseudoartrose depende da gravidade do quadro e das condições de saúde do paciente. As opções incluem:
  • Imobilização e fisioterapia: Em casos mais leves, o tratamento pode envolver a imobilização do osso com gesso ou órteses e fisioterapia para promover a consolidação.
  • Cirurgia de fixação: Nos casos mais graves, a cirurgia é necessária para estabilizar o osso, utilizando placas, parafusos ou hastes intramedulares para facilitar a cicatrização.
  • Enxerto ósseo: Em casos de falha significativa de consolidação, pode ser necessário um enxerto ósseo para promover a regeneração e unir as extremidades do osso.
  • Estimulação elétrica ou ultrassom: Esses métodos podem ser utilizados para estimular o processo de cicatrização óssea em alguns casos.

    Prevenção:
    A prevenção da pseudoartrose envolve o cuidado adequado após uma fratura e cirurgia. Algumas dicas para prevenir essa complicação incluem:
  • Seguir as orientações médicas sobre repouso e imobilização.
  • Evitar fumar, pois o tabagismo reduz a capacidade de cicatrização do osso.
  • Garantir uma dieta rica em cálcio e vitamina D para promover a saúde óssea.
  • Realizar fisioterapia conforme indicado para fortalecer a área afetada e ajudar no processo de cura.


Dúvidas frequentes sobre Pseudoartrose:

  1. O que é pseudoartrose e por que ocorre? A pseudoartrose é uma complicação de fraturas, onde o osso não cicatriza adequadamente, resultando em uma articulação falsa. Isso ocorre quando o processo de regeneração óssea é interrompido devido à falta de estabilidade, má circulação, ou fatores como tabagismo e doenças crônicas.
  2. Quais são os sintomas da pseudoartrose? Os sintomas incluem dor persistente no local da fratura, dificuldade de movimentação, instabilidade óssea e inchaço. Esses sinais podem aparecer meses após a fratura inicial, indicando que o osso não cicatrizou corretamente.
  3. Como a pseudoartrose é tratada? O tratamento varia de acordo com a gravidade, indo desde fisioterapia e imobilização até cirurgias com fixação interna e enxerto ósseo. Em alguns casos, técnicas de estimulação elétrica podem ser usadas para acelerar a cicatrização.

Dr. João Breda

CRM: 37.420 | RQE: 28.484

Médico graduado pela Universidade do Sul de Santa Catarina e Ortopedia e traumatologia pela Universidade Federal do Paraná.